terça-feira, 23 de outubro de 2012

Aquarismo


O aquarismo ou aquariofilia é a prática se criar peixes, plantas e outros organismos aquáticos, em recipientes de vidro, acrílico, plástico - conhecidos como aquérios - ou em tanques naturais ou artificiais, para fim ornamental ou de estudo, distinguindo-se assim essa atividade da piscicultura ou aquicultura, que têm aspectos de produção.
O hobby do aquarismo é semelhante ao de paisagismo, exige um senso de estética e alguns conhecimentos técnicos diversos, como em biologia e química básica para a manutenção do ciclo de nitrogênio e medições de pH.



Existem basicamente dois tipos de aquários: os de água doce e os de água salgada. Dentro dessas divisões, o layout (decoração) do aquário vai depender do tipo de peixe que será criado, se haverá apenas uma espécie ou várias (chamado de aquário comunitário), será um aquário plantado ou com plantas artificiais, etc. Isso é muito importante para se ter um bem-estar dos animais que irão viver neste aquário. Por exemplo, ciclídios africanos preferem viver em ambientes pedregosos, com pouquíssimas, ou até sem, plantas. Já os Acarás-disco (ciclídios americanos) tem preferencia por ambientes com muita vegetação e água levemente ácida.




Depois de escolhida(s) a(s) espécie(s), deve-se verificar o nível de pH tolerável por esta(s), no caso de aquários comunitários todas as espécies tem que estar na mesma zona de pH. Também devem ser verificados a temperatura, luminosidade e dureza da água.



Depois da parte mais trabalhosa que é montar o aquário, antes de serem colocados os peixes, é recomendado que se deixe o aquário em repouso para ciclar, ou seja, colonizar com bactérias nitrificantes benéficas, que são responsáveis pela transformação da amônia e nitritos presentes na água. A ciclagem pode ser de uma semana à um mês, dependendo da paciência de cada um. Após a ciclagem, os peixes podem ser colocados com mais segurança.


Com o aquário montado e os peixes bem instalados, o único trabalho de agora em diante é a manutenção do mesmo. Além do filtro, é necessário semanalmente, ou quinzenalmente, fazer a TPA (Troca Parcial de Água) para se retirar o excesso de toxinas e sujeiras presentes na água. Essa troca é feita retirando-se 1/3 da água e substituindo-a por água limpa.
A iluminação também é parte importante para peixes, plantas, corais e qualquer outro ser vivente no aquário. Peixes não possuem pálpebra, logo, se mantivermos o ambiente iluminado o tempo todo, eles não conseguirão dormir e ficarão estressados. Em média, durante um dia a iluminação solar dura de 6 a 8 horas, o que é aproximadamente o período adequado para manter o aquário iluminado. Se o aquário for iluminado pela luz natural do sol, não é necessário se preocupar com isso. Para aquários plantados as exigências são ainda maiores, pois devemos compreender que plantas precisam de luz para realizar a fotossíntese, logo existe um tempo mínimo e uma quantidade mínima de luz a ser aplicada. No mercado existem variedades de lâmpadas para este fim. Os paramentos da água (pH, densidade e temperatura) também devem ser sempre observados e corrigidos, se necessário.



O ultimo estágio para se ter certeza que seus animais estão sendo bem cuidado e estão em um alto nível de bem-estar, é a reprodução. Algumas espécies são extremamente fáceis de reproduzir, bastando haver água e o casal. Mas algumas espécies precisam de muita atenção e dedicação para se atingir essa façanha. E é exatamente isso que mantem o amor pelo aquarismo: conseguir burlar as dificuldades que a espécie tem para se reproduzir em cativeiro, dando-lhes um habitat o mais próximo do natural.







- Artur Bruno da Silva Barbosa

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